quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

METADE DOS JOVENS TEM PROBLEMAS SEXUAIS

METADE DOS JOVENS TEM PROBLEMAS SEXUAIS
07.02.201
PESQUISAS


Um novo estudo canadense mostra que problemas sexuais não afetam apenas as pessoas de meia-idade e os idosos. Adolescentes e jovens adultos têm dificuldades com o sexo também.
Pesquisadores fizeram perguntas sobre a vida sexual de 114 meninos e 144 meninas com idades entre 16 a 21 anos. Através de questionários online, avaliaram seu funcionamento sexual, por exemplo, problemas com ereção, ejaculação ou desejo sexual. O estudo incluiu apenas meninos e meninas que eram sexualmente ativos das 411 pessoas nessa faixa etária que inicialmente responderam à lista de questões.

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Os participantes do estudo relataram uma vasta experiência sexual e a maioria eram heterossexuais e estavam em relacionamentos sérios. Metade dos participantes relatou ter um problema sexual e metade dos jovens com algum problema relatou estar significativamente angustiado com o seu problema.
As taxas de problemas sexuais foram semelhantes entre meninos e meninas, de acordo com o estudo publicado em 12 de janeiro na revista “Journal of Sexual Medicine”. “Os problemas sexuais são claramente prevalentes entre os adolescentes e angustiantes para muitos daqueles que os experimentam”, escreveram os pesquisadores em seu artigo.
Os cientistas ainda contaram que a maioria das pesquisas sobre a saúde sexual de adolescentes focam em temas como doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada, contudo pouco se sabe sobre os problemas sexuais do adolescentes. “Os adolescentes precisam receber informações voltadas para a sua faixa etária sobre como lidar com problemas sexuais”, recomendam.

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No estudo, o número médio de parceiros com quem os participantes relataram ter tido experiências sexuais desde os 14 anos era de cerca de cinco. A maioria dos adolescentes começaram a ter relações sexuais aos 16 anos.
Entre os meninos, cerca de 53% relataram sintomas que sugerem um problema sexual. Cerca de 16% tinham disfunção erétil leve ou moderada e cerca de 24% tinham baixo desejo sexual. Cerca de 43% das meninas no estudo tinham uma pontuação que sugeria uma disfunção sexual. Baixo desejo sexual e dificuldade em atingir o orgasmo eram os problemas mais comuns entre elas. Queixas sobre orgasmo foram mais comuns entre as meninas de 16 e 17 anos de idade do que as participantes do estudo que tinham entre 20 e 21 anos.
Os pesquisadores observaram que para muitos adultos com disfunção sexual, os problemas começam na adolescência. No entanto, as barreiras culturais e falta de comunicação entre pais e adolescentes provavelmente deixam muitos deles mal informados sobre como identificar e procurar ajuda.

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Os autores ainda ponderam que não está claro por que essas altas taxas de problemas sexuais são encontradas entre adolescentes e pessoas com idades entre 20 e 21 anos. Curiosamente, taxas similares são encontradas entre meninos e meninas, enquanto que em estudos com adultos, descobriu-se que apenas as mulheres tinham altas taxas de problemas sexuais.
É possível que a forma como homens e mulheres se socializam desempenhe um papel. “Parece haver um duplo padrão sexual quase universal que dá aos homens uma maior liberdade sexual e direitos de determinação sexual, porém os homens relatam que sofrem uma pressão considerável a partir dessas expectativas para realizar o ato sexual”, acrescentam os pesquisadores.
Sobre tal papel de gênero, os cientistas concluem: “A socialização pode ter um impacto maior sobre os adolescentes do que sobre os adultos”. 

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